Tendências que impulsionam o setor de alimentos – Entrevista com Giselle Higuera

A terceirização na indústria de alimentos vem ganhando cada vez mais relevância no Brasil, impulsionada por marcas que buscam agilidade, segurança e expertise para desenvolver produtos de alta performance.
Mais do que uma alternativa produtiva, o modelo Private Label e o co-manufacturing se consolidaram como estratégias de inovação, especialmente em um cenário que exige velocidade, qualidade e conformidade regulatória.
Para falar sobre esse cenário e o papel estratégico da Liotécnica no ecossistema de inovação alimentar, realizamos um bate-papo com Gisele Higuera, Diretora Comercial da companhia.
Na conversa, ela compartilhou insights sobre as tendências que estão moldando o futuro do setor, os novos desafios da terceirização de alimentos e a visão da Liotécnica sobre o crescimento das marcas próprias no Brasil.
A Liotécnica tem mais de 60 anos de atuação no setor. Pode nos contar um pouco da trajetória da empresa e como ela se consolidou como referência em terceirização?
“A Liotécnica é uma empresa nacional com cerca de 600 colaboradores e três fábricas em Embu das Artes (SP). Nossos negócios estão organizados em três grandes blocos: B2C, com a marca Qualimax (varejo e food service); B2B Ingredientes, fornecendo soluções liofilizadas e desidratadas para as maiores empresas do mercado; e B2B Serviços & Soluções, voltado à terceirização e ao co-manufacturing.
Exportamos para mais de 35 países e acompanhamos de perto o crescimento das marcas próprias no Brasil — um movimento que abriu espaço para empresas que buscam parceiros técnicos e industriais sólidos. A Liotécnica se destaca justamente por unir qualidade, tecnologia e flexibilidade, atendendo desde grandes multinacionais até marcas em expansão”
Quais são os principais pilares da Liotécnica e como se diferenciam no mercado?
“Nossos pilares são qualidade, tecnologia e flexibilidade. Temos um sistema de qualidade robusto, certificado pela FSSC 22000, com auditorias constantes e padrões comparáveis aos da indústria farmacêutica.
Além disso, investimos continuamente em tecnologia — desde novas soluções produtivas até a ampliação do nosso parque de secagem, que é um dos mais completos da América Latina.
Oferecemos tecnologias de liofilização, desidratação por ar quente e vácuo, e já temos previsto para 2026 o início da operação de spray drying.
Nosso diferencial está em oferecer desde o modelo full service — formulação, desenvolvimento, produção e embalagem — até serviços de industrialização e secagem para quem já tem a sua própria formulação”.
Dentro do portfólio, quais categorias de produtos a empresa atende atualmente?
“Atuamos com alimentos e bebidas em pó, tanto na categoria doce quanto salgada, em diferentes formatos e tamanhos de embalagem.
Temos forte presença em suplementos alimentares, com destaque para as linhas de nutrição esportiva e sênior, e desenvolvemos projetos customizados conforme a necessidade de cada cliente.
Além da produção, oferecemos suporte regulatório completo e conduzimos estudos de estabilidade e shelf life, assegurando produtos com alta qualidade e conformidade.”
Falando em suplementos, o mercado de suplementos e produtos voltados ao público sênior tem crescido bastante. Como a Liotécnica enxerga esse movimento e como se prepara para atender a essa demanda?
“O mercado de suplementos cresce a dois dígitos ao ano. Segundo a ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), os suplementos alimentares já estão presentes em 59% dos lares brasileiros.
Esse é um mercado em expansão, impulsionado pelo aumento da prática de atividade física, pelo envelhecimento ativo e pela busca por produtos mais naturais e funcionais.
As marcas entrantes enfrentam hoje uma régua de qualidade muito mais alta. A exigência pelo teste de estabilidade se tornou essencial para garantir segurança e competitividade
Para isso, a Liotécnica conta com equipes especializadas em P&D, Regulatório e Qualidade, que apoiam as marcas no desenvolvimento, validação e industrialização de novos produtos, sempre com foco em segurança e inovação”.
Na sua visão, quais são as principais tendências e desafios do setor de terceirização de alimentos?
Entre os desafios, estão a adequação às novas regulamentações, a crescente exigência dos consumidores e a necessidade de combinar agilidade e qualidade — aspectos que reforçam o papel da Liotécnica como parceira estratégica da indústria”.
Para encerrar, que mensagem você deixaria para empresas que buscam parceiros estratégicos em terceirização para acelerar inovação e crescimento?
“Busque um parceiro sério — o barato pode sair caro. Trabalhar com uma empresa sólida, estruturada e certificada é essencial.
Com processos auditados e certificações rigorosas, a Liotécnica se posiciona como uma parceira confiável e estratégica para transformar ideias em produtos reais — do conceito à prateleira”.
Quer saber mais sobre como a Liotécnica pode apoiar sua marca com soluções sob medida? Fale com um especialista.